Reunindo
DJs de todas as idades e estilos, a “DJ
Sandra Gal”, presidente e fundadora da DiscoTERJ,
a primeira associação de DJs e VJs da America Latina, comemora HOJE, 17/12/2013, no Espaço Marun, no
Catete, os 28 anos da organização em grande estilo premiando os profissionais
que deixaram suas assinaturas na calçada.... digo, na “Pista da Fama”. Trata-se
do troféu “DJs Forever”, honraria
que congratulará o profissional dos toca-discos, protagonista de uma história
importante para a formação das novas gerações de DJs...
“DJs, vocês estão convidados para participar da
festa que reunirá todas as gerações de DJs. Esse é
o troféu DJs FOREVER, oferecido pela DiscoTERJ aos 20 DJs indicados. Os Mestres
de Cerimônia de cada homenageado receberão a medalha de honra, bem como para
alguns colaboradores. Que Deus nos abençoe!”, convida
entusiasmada Sandra Gal, que dentre os homenageados dessa edição, reconhecerá a
importante contribuição do “DJ Germano
Costa”, ex-DJ da equipe Furacão 2000, dentro do legado do Movimento Funk
Carioca.
Essa é
uma grande oportunidade para você DJ, que ingressa nessa tão honrosa profissão
e deseja estar próximo daqueles que pavimentaram os caminhos da sua profissão!!
Ele foi forjado em meio
ao calor do caos das ruas, gerado pelas gangues do bairro do Bronx, em Nova
York. Idealizado em 12 de Novembro de 1974, pelo ex-líder de gangue de rua
conhecido como Afrika Bambaataa, o “Movimento Cultural Hip-Hop”, se tornou
o norte de muitos jovens sem perspectivas, desde o Bronx, e, posteriormente,
ultrapassando as fronteiras do país assumindo seu fundamental papel na redução
de danos e conscientização social por meios dos elementos culturais das Danças
Urbanas, das Artes Plásticas (Graffiti) e da Música (MC-Rapper e DJ)...
Deste modo, seria muito
importante ressaltar que, dentre as muitas intervenções importantes do Hip-Hop
no mundo, sob a curadoria da Universal
Zulu Nation – Nova York (organização também fundada por Bambaataa, considerada
o do Movimento) está as “Infinity
Lessons”, que são aulas sobre
conhecimentos diversos como prevenção de doenças, matemática, ciências,
economia, entre outros temas que servem para modificar os pensamentos de jovens
envolvidos com o crime e as drogas. Outro momento marcante do Hip-Hop na
história foram as campanhas (shows e
eventos) promovidas pela UZN pela erradicação do Apartheid na África do Sul
pela libertação de Nelson Mandela em 1990. Isto, sem citar a indicação de
Bambaataa em 2010 ao Prêmio Nobel da Paz pelos 20 anos de pacificação no Bronx
através dos elementos do Hip-Hop.
Agora, em 2014, o
Hip-Hop está prestes a completar 40 anos de existência, em uma comemoração
iniciada em novembro de 2013 na sede internacional da UZN, com extensão em todo
o planeta, inclusive aqui no Brasil, onde a Zulu Nation Brasil se torna a grande apoiadora das organizações
empreendedoras da ideia.
E á com base nessas
razões que a “We$t Coa$t Brasil Hip-Hop”
orgulhosamenteapresenta com o
apoio direto da “Zulu Nation Rio”, All Star Hip-Hop Brasil Festival,
evento que em sua edição de estreia, celebrará simultaneamente os 7 anos de
existência da We$t Coa$t e os 40 anos de Hip-Hop no mundo.
As principais crews de b.boys e graffiti, os
principais DJs, os principais artistas de rap
e as principais grifes, todos reunidos no mesmo local desenvolvendo ao estilo open session um momento único, que o
reportará às ruas do Bronx, nos tempos das block
parties!!! E ainda, uma atração internacional para representar
autenticamente o Hip-Hop internacional estará por sobre o palco do All Star Hip-Hop Brasil Festival...
Ele é oriundo do bairro
da Taquara, zona oeste carioca, e com apenas 22 anos é um dos grandes destaques
das redes sociais, sem o indispensável aparato de uma gravadora ou da mídia...
Carlos Roberto Carvalho
de Almeida, popularmente conhecido como "Rapper
Nemo" ou simplesmente “Nemo”,
é o que se pode chamar de “Prodígio do Hip-Hop”, graças ao seu envolvimento com
o meio musical desde os seus 9 anos de idade. Apaixonado por música tornou-se
dono de uma voz marcante e de um talento eclético, apresentando ao público,
temas pioneiros, jamais cantados por outros artistas do Hip-Hop. Sua
versatilidade ao rimar o impulsionou a dominar com maestria o "Dirty South",
estilo natural do Sul dos EUA, que deu ao seu flow agressivo, acompanhado por refrões marcantes que fixam
facilmente na memória de quem o ouve, somando também ao seu lado satírico e
irreverente no lidar com assuntos do cotidiano, autenticidade ao seu perfil
artístico. Além de responsável pelo selo “Poison Music”, Nemo é também compositor,
excelente cantor com inclinações para a Black Music e produtor musical,
características que garantem total inovação em sua sonoridade, o transformando
em um artista completo.
Sua busca pelos reais
princípios do Hip-Hop o conduziram a conhecer os ensinamentos da Universal Zulu
Nation, organização-berço do Movimento Cultural Hip-Hop e principal difusora
dos valores presentes no Movimento para a formação cidadã de seus adeptos. Tal
contato com o Conhecimento pregado pela UZN o inspirou a compor de letras mais
respeitosas, com baixíssimo teor de palavrões e a grande preocupação de passar
mensagens mais positivas ao público, isto sem mencionar na alta qualidade dos
instrumentais, como foi o caso da mixtape
“Quebre as Regras”, lançada próximo da virada do ano de 2012 para este, regada com
diferentes timbres vocais e participações inusitadas... Outra prova viva de sua
atenção com coisas positivas é o seu envolvimento com o mundo da luta, fato que
o incentivou a unir o Rap com as Artes Combinadas e a produzir “Anderson
‘Spider’ Silva Theme”, com 2 anos de exposição no You Tube, contabilizando até
o momento quase 250 mil acessos, sem qualquer investimento midiático. Se você
ainda acha pouco, com um currículo de fazer inveja a qualquer dinossauro do
Rap, o então principiante Nemo já participou de aberturas importantes ao lado
de nomes internacionais como Fat Joe, Ja Rule e Lil Jon, e nacionais como DJ
Shark, Vinimax, Map Style, Família Kaponne, DG, Anão, Mag, MV Bill e Racionais
MCs.
Agora, Rapper Nemo vem
com mais uma grande novidade de peso: “16
Toneladas”, remake do saudoso
cantor carioca dos anos 1940-1950, “Noriel Vilela”; que se transformou com o
apoio do coletivo “Artistas da Rua Produções”, mais uma promessa no You Tube,
com quase 7.800 acessos em pouco mais de duas semanas postado...
DJ
TR – Qual a origem do apelido “Nemo”?
Nemo
– O Nome veio do livro “As
sete mil léguas submarinas”, que é um clássico da literatura inglesa, escrito
por Julio Verne. Capitão Nemo era um cara que com seus conhecimentos
científicos, construiu um submarino chamado Nautilus, com a finalidade de
abater os navios de guerra e acabar com a escravidão no mundo.
Dominou todos os recursos do oceano para a própria sobrevivência com sete
homens de sua confiança. Dei uma pesquisada a mais e vi que Nemo no latim,
significava “ninguém” ou “nada se sabe a respeito”, “ser misterioso”. Tudo a
ver comigo (risos) . O segredo é a fórmula do sucesso... Nunca ninguém sabe o
que eu planejo ou o que estou pensando...
DJ
TR – Como se deu seu primeiro contato com o Rap?
Nemo
– Com 8 anos de idade.
Sempre tive muito contato com o soul,
a black music no geral. Já fazia
minhas poesias e tocava piano... E sempre sentia uma necessidade de dar vida às
minhas pequenas poesias. Meu tio apresentou o som dos Racionais MC’s... Do
grupo NWA e eu falei: “o que é isso!? Nossa!” . A partir dali também, eu vi que
a cada vez que cantava, eu curava meu pequeno problema de gagueira! E percebi
que o rap era muito mais que música.
Era uma terapia para mim..., além de eu ter me identificado com o estilo de
vida.
DJ
TR –Por que o Rap, tendo em vista suas
outras influências musicais provenientes de outros gêneros?
Nemo
– O Rap é protesto.
Confesso que sempre fui um cara reprimido, vítima de preconceito por ser gago,
gordo... E com ele realmente eu entendi o verdadeiro sentido da liberdade
de expressão, é sério! Nunca imaginei que eu poderia um dia expressar meus
sentimentos através da arte!
DJ
TR – Você vem de uma nova geração, cujo contato com a Antiga Escola parece ser
algo muito superficial... Como você observa a Escola atual, se comparada aos
Pioneiros...?!
Nemo –Os valores se perderam e o Rap não é mais o mesmo. O Rap nasceu na
favela, e não pertence mais a ela. Apesar de ser novo, vim de um berço aonde
tudo que sei, até hoje, agradeço à Antiga Escola. Ainda continuo aprendendo...
Ignorante é aquele militante do Movimento que se convence de que não pode
aprender nada com ele. Obrigado!! Agradeço todos os dias pelo legado, pelas
influências... É uma pena essa molecada não saber o que é isso hoje em dia.
DJ
TR – Não que a Antiga Escola fosse totalmente puritana, mas hoje vemos na
geração mais nova o uso excessivo de álcool e maconha... Seria essa mesmo a
visão de quem levanta a bandeira do Hip-Hop?
Nemo
– Jamais! Na minha
opinião, sustentam essa bandeira, porque estes papos em algumas músicas, enchem
o bolso de quem as cantam. Tanta coisa boa para falar, por que querem bater na
tecla da apologia...? Já fui muito julgado, e até perseguido por não compactuar
com esses assuntos... Precisam pôr a mão na consciência, e notar que muitas
crianças escutam e têm acesso ao rap
hoje. Cantam besteiras como se não tivessem filhos ou sobrinhos pequenos
em casa. Temos que ser um espelho para quem nos escuta!
DJ
TR – Sendo assim, o que faz o Rapper Nemo não se misturar com coisas negativas
e contraditórias ao Hip-Hop?
Nemo
– A criação e o amor
da minha família. O Valor que realmente existe em mim pelas minhas raízes e as
minhas influências.
DJ
TR – Você lançou em 2011 no You Tube “Anderson ‘Spider’ Silva Theme”, que está
se aproximando da marca dos 250 mil acessos. Inclusive, houve um fato curioso
envolvendo você com o próprio campeão, como
foi isso?
Nemo
– Cara..., foi uma obra
de Deus na minha vida. Eu treinava e frequentava a academia X-Gym, onde parte
dos campeões do UFC treinam. Num momento difícil em minha vida, quando pensei
em desistir por conta de uma série de motivos, esta oportunidade bateu em minha
porta. Através do meu amigo Fabrício Abraão e do dono da Academia Rogério
Camões, pude fazer com que o som chegasse até o Anderson. No dia foi mágico,
ele gostou, agradeceu, permitiu com que a música fosse divulgada e é claro,
ajudou bastante nas redes sociais. Eu só tenho a agradecer! Sei que hoje em dia
meu cd não sai do carro dele (risos).
Elenco do videoclipe 16 Toneladas...
DJ
TR – Outro vídeo postado no You Tube recentemente foi “16 Toneladas”, que pelo
visto, parece acompanhar as mesmas adesões do tema de Anderson Silva. Fale-nos
um pouco sobre toda essa experiência nesse novo som desde a sua produção, até
os acessos na rede social...
Nemo
– Este trabalho novo está
me tirando noites de sono (risos). Mas nada como a correria para alcançar o que
se tem em foco! Eu, quando estava produzindo esta música, senti a necessidade
de falar algo diferente: sobre os MCs investirem pesado em seus trabalhos..., o
artista em si, sabe? É preciso, e muitos ainda possuem rédeas de cavalo em suas
visões. Insistem em dizer que pelo fato de estarmos produzindo um clipe de
qualidade, um som, ou até mesmo uma peça de roupa, que “copiamos o gringo”. E
não é bem assim! Eu acho que todo o expectador merece assistir um vídeo de
qualidade. Merece ouvir uma música bem produzida. E ganhar dinheiro com o que
se faz de melhor com o seu coração, é a recompensa de um trabalho sofrido e
suado. Após a produção, enviei para a produtora Artistas da Rua, que já
possui um grande conceito no mercado..., e tive o privilégio dos caras
abraçarem a minha ideia. Sem contar também da finalização do clipe ser feita
pela AW Filmes, que está há mais de 20 anos no ramo. Foi e está sendo uma
experiência muito bacana. Como uma luva, sabe? Nós todos juntos temos a mesma ideia,
os mesmos gostos, e estamos antenados em tudo o que acontece. Nos reunimos duas...,
três vezes por semana no “Q.G do Nemo e dos Artistas da Rua” para discutir ideias.
Devido ao sucesso, estamos gravando o próximo! #16toneladas
Artistas da Rua...
DJ
TR – 2014 está chegando, algum projeto em vista...?!
Nemo
– Com certeza! Um deles é
com o meu irmão, Flash. Apesar da pouca idade, está ganhando destaque no
cenário..., e todo dia escrevemos ou produzimos algo. Não posso falar muita
coisa, mas a dica é o investimento pesado na área audiovisual. Está tudo
pronto, agora é só esperar o momento certo de puxar o gatilho! (risos)
DJ
TR – Deixe algum recado para o jovem que já lhe vê como uma importante
referência.
Nemo
– Nada vai cair do céu. É
sério, não espere nada dos outros...!! Se ninguém te dá moral, então você mesmo
se dá! O Rap é 99% de transpiração (correria) e 1% de inspiração (seu talento,
sua genialidade). Se ninguém faz por você..., ponha a mão e faça você mesmo!
Macete é só no videogame! (risos)
Vivendo em um momento da história, onde
a música rompeu as últimas barreiras do preconceito fundindo gêneros antes inimagináveis
pela crítica do meio, a cada dia que passa, novas experiências são divulgadas
comprovando que o Rap era o tempero que faltava para dar um toque especial ao
rico e variado cardápio da arte...
J. Dilla e Suite For Ma Dukes orchestra (ao fundo)
Imagine então a “alta cultura” abrindo suas portas para as
manifestações, outrora tidas como periféricas e rotuladas como apologéticas ao
crime e as drogas... Deste modo, o que
aconteceria se misturássemos Música Clássica com Hip-Hop...?! Devo afirmar
nesse caso que essa não é uma experiência tão nova, já que o rapper norte-americano Coolio estreou em
1995 com grande estilo na noite de premiação da Billboard Year-End Chart-Toppers, acompanhado de uma orquestra de violinos, coral gospel e a participação especial de ninguém
mais que Mr. Stevie Wonder, para a interpretação do clássico “Gangsta Paradise”,
remake “Pastime Paradise”, outro clássico de Wonder de 1976. Em 1º de maio de
2006, o rapper paulistano Afro X se
apresentou em Campinas com a Orquestra Sinfônica da cidade em homenagem ao Dia
do Trabalhador, em um momento memorável.
Mesmo não
sendo mais um fato que poderíamos descrever como inédito, sempre que a Música Clássica
se encontra com o Rap na mesma esquina, um momento clássico está prestes a
acontecer..., como foi o caso do arranjador, compositor
e maestro, nascido em Los Angeles,Miguel Atwood-Ferguson, que, ousadamente
bancou a ideia de realizar o “Suite For Ma Dukes”,conduzindo
uma orquestra inteira em homenagem ao célebre produtor de hip-hop “J. Dilla”,
falecido em 10 de fevereiro de 2006, em decorrência de um ataque cardíaco,
ocasionado por uma rara doença conhecida como “púrpura
trombocitopênica trombótica”, diga-se de passagem, três dias após ter completado
32 anos de vida.
Registrado em 2011 pelo projeto “Timeless”, série de três documentários
dirigidos pelo fotógrafo irlandês Brian Cross, o “B+”, que traz shows marcantes da gravadora Mochilla,
sobre três artistas essenciais para a história do Hip-Hop sobre o produtor e rapper norte-americano J. Dilla, o multi-instrumentalista
etíope Mulatu Astatke e o brasileiro Arthur Verocai, um destes faz uma
homenagem póstuma a Dilla, com o clássico de “Stakes Is High”do grupo de Rap “De La Soul”, interpretado por seu líder “Posdnous” com a
participação inusitada de “Talib Kweli”, tendo à contenção de um time pesado formado
por Common, Ma Dukes, Bilal, Dwele, Amp...
Exibido
no antigo Espaço Unibanco de São Paulo em fevereiro de 2011, Timeless contou no
seu último dia de sala com o show do
DJ-produtor californiano “J.Rocc”, que fez um live mix dentro do cinema, editando e projetando vídeo e áudio dos
três filmes simultaneamente... Vale agora conferir uma generosa fatia do
Tributo a Dilla...
Richard Andrew
Thorburn, mais popular pelo nome artístico “R.A. The Rugged Man” e também atendido pelo nome “Crustified Dibbs”, é um rapper de Suffolk
County, Long Island, Nova York, que lançou recentemente “Legends
Never Die” (Lendas Nunca Morrem),
quarto álbum e o segundo comercializado em sua
carreira...
Sua história no rap se inicia aos 12 anos de idade,
quando R.A. passou a demonstrar em sua vizinhança suas habilidades líricas... Trafegando
na contramão do que convencionalmente se conhece em relação ao perfil de um rapper,R.A. traz em seu estilo crítico o bom humor para tratar de
assuntos polêmicos de seu país, relembrando artistas como Beastie Boys. Uma prova real
de seu comportamento, considerado infame e inadequado, foi quando o rapper assinou
aos 18 anos de idade seu primeiro grande contrato com a Jive Records, que lhe
propôs um trabalho mais pop, prontamente negado por ele, fato que resultou no
congelamento de “Night of the Bloody Apes” em 1994.
Em meados da década de
1990, R.A. assina com Priority Records / EMI, migrando seu
contrato posteriormente pela Capitol Records. Mesmo assim, R.A. optou por
produzir seus trabalhos de forma independente no início de 2000.
Seu currículo se
estende em participações inusitadas ao lado de nomes como Notorious
BIG, Mobb Deep, Chuck D, Jedi Mind Tricks, Tech
N9ne, Hopsin, Talib Kweli, Masta Ace, Kool G
Rap, Wu-Tang Clan, Rakim, Killah Priest, e a trackmasters como Erick
Sermon, DJ Quik, Buckwild, Alchemist eAyatollah.
Convidado pela Rawkus Records, R.A. se destacou nos três volumes da compilação “Soundbombing”,
assim como o disco de platina “WWF Aggression”,
coletânea de rap lançado
pelaWorld Wrestling Federationem 2000 para simbolizar a trilha sonora dos lutadores,
contando com a faixa “Break
the Walls Down”, onde R.A. participa ao lado do lutador, músico, apresentador de televisão, escritor e ator “Chris Jericho”. No volume 1 da Revista Ego Trip, Notorious BIG admitiu
acerca de R.A.: “Eu
pensei que eu era o Insano...”. Outra
curiosidade interessante é a sua grande aproximação com o Wu-Tang Clan,
sendo visto como um de seus associados.
Em 2004, ele lançou seu primeiro álbumDie, Rugged Man, Die
(Morre, Rugged Man, Morre) no Brooklyn, pelo selo rótuloNature Sounds. Em
2006 a renomada revista “The Source” publicou a matéria Uncommon Valor:
A Vietnam Story (Bravura incomum: Uma História do Vietnã),
onde R.A. participa apresentando um pouco da história de seu pai como
ex-combatente da Guerra do Vietnã. O
site Hip-HopDX.com o nomeou como “Rimador do Ano”. O site AllHipHop.com o citou como um rapper que sempre tocará na
ferida com letras sobre seu pai como uma das muitas vítimas da Guerra do
Vietnã. A revista Rolling Stone recentemente fez uma analogia dele com BIG batizando-o de
“Biggie
Smalls de Olhos Azuis”.
Além de rapper, R.A. escreveu uma coluna mensal de
cinema para a revista Mass Appeal, colaborou para o book list de rap da publicação
especial Ego Trip Book of Lists Rap e Big Book
of Racism Ego Trip (HarperCollins), e tem escrito inúmeros artigos para
outras revistas como Vibe , Rei , Complex , Rides, XXL e The
Source. Escreveu
três roteiros de filmes cult para o diretorFrank Henenlottere é roteirista e
produtor de um novo filme de Henenlotter, “Bad Biology”.O filme tem uma
trilha sonora original por Josh Glazer (J. Glaze), com produção adicional porPrince Paul, e participações
especiais da modelo da PlayboyJelena Jensene da modelo da Penthouse
PetKrista Ayne.Outra grande
novidade é sobre uma produção cinematográfica que o rapper está trabalhando baseado na história de sua família: “God Take, God Give”(Deus Dá, Deus Tira).
Em “Legends
Never Die”, o quarto álbum (o segundo comercializado) deR.A. The Rugged Man,
isto nove anos após o lançamento de “Die, Rugged Man, Die”, R.A. trabalha
em sua voz um flow mais rijo, trazendo
neste projeto as participações memoráveis de Masta Ace, Talib Kweli, Vinnie
Paz, Brother Ali e Sadat X e ainda beats
de Marco Polo, Apathy, Ayatollah e Buckwild. Destaque para a faixa “Learn Truth” com a participação de “Mr. Kweli”...
Lançado
em 2007 por meio da série literária “Tramas Urbanas”, idealizado pela
escritora, editora e crítica literária “Heloisa Buarque de Hollanda”e,sob
a curadoria do pesquisador de Hip-Hop e outros movimentos da periferia e um dos
criadores do Centro Cultural Afro Reggae – “Écio Salles”, o Livro “Acorda
Hip-Hop”, de minha autoria (DJ TR), parece ter chegado ao seu quase
esgotamento nas prateleiras das livrarias… Um bom sinal!!!
Argumentativo
em seu teor, o livro aborda a história do Hip-Hop como ativismo político no
Brasil, antecipando-se em uma minuciosa ilustração de seu nascimento nos guetos
de Nova York, nos anos 70, e como de lá conquistou o mundo. Os caminhos e o
panorama do Hip-Hop no Brasil e sua importância na politização e
conscientização dos jovens da periferia, contrapondo-se às produções artísticas
convencionais de sua época, são temas que elucidam o leitor sobre o que vem a
ser genuinamente esta Cultura.
Acorda
Hip-Hop! chama a atenção também para as propostas e consequências das práticas
do Hip-Hop nas favelas brasileiras, assunto que requer a reflexão de todos,
principalmente daqueles que militam e pretendem viver de Hip-Hop
profissionalmente.
Participam
da obra personalidades como “Mano Brown (líder dos Racionais MCs), DJ
Marcelinho (ex-Câmbio Negro), Mara (rapper e militante), DJ
Johnny (ex-DJ de MT Bronx e editor do site Real Hip-hop), Clodoaldo Arruda (ONG
Geledés), Elza Cohen (promotora de eventos underground), DJ Juan, RDO (rapper,
militante e dono da grife Cresposim), Rooney Yo-Yo (fundador do extinto Sindicato
Negro, dono da grife Pixa-In e promotor de eventos para b. boys),
Só Calcinha (grafiteira e militante), Nelboy (rapper angolano e
militante), DJ Deco (ex-Jigaboo e produtor), Magno C-4 (rapper e b.
boy), Bad (grafiteiro e b. boy), Nino Brown (soulman e
líder da Zulu Nation Brasil), Bonga (grafiteiro e militante), Suave (rapper),
Big Richard (rapper, escritor, ator e apresentador) e Gabriel O Pensador
(rapper, escritor e apresentador)”.
Como
mesmo está escrito em sua introdução – este
livro está longe de ser a Bíblia da Cultura Hip-Hop –, o Acorda Hip-Hop!, é
apenas uma pequena bússola que norteará o leitor a compreender um pouco sobre o
que vem a ser o Movimento Cultural Hip-Hop e como ele se projeta na sociedade
atual como importante expressão de influências positivas para essa geração...
“A Tribe
Called Quest”, creditados como os pioneiros do Rap Alternativo, se despedirá de seus fãs e colegas, logo após os
concertos agendados com Kanye West, para quem vão abrir os espetáculos no Barclays
Center, no Brooklyn, em Nova York, no dia 20 de novembro, e no Madison Square
Garden, em Manhattan, também em Nova
York, no dia 24...
Da esquerda para a direita: Phife Dwag, Q-Tip e o DJ-rapper Ali Shaheed Muhammad
A notícia
impactante veio por através do Twitter, onde “Q-Tip”, líder do coletivo de rappers, revelou, ontem, que as atuações
com Kanye West seriam as últimas e segundo o próprio Tip, Nova York seria o
ponto final, já que os A Tribe haviam iniciado sua carreira lá. Em agosto, seu
último show na Califórnia e pelo que
se pode entender, eles estão visitando as principais cidades do país para
respeitosamente se despedirem dos fãs.
Formado em 1988,
o A Tribe Called Questtornou-se um dos mais importantes no
mundo do Hip-Hop, com os clássicosCan
I Kick It?, Scenario, Award Tour, Check The Rhyme, Bonita Applebum,Electric Relaxation, The Low End Theory e Midnight Marauders.
Cabe destacar que
o grupo também se separou em 1998, após ter completado 10 anos de existência, porém, conseguiu se reunir por diversas
vezes desde então, sendo a primeira delas em 2006, quando realizaram uma turnês pelos EUA – fato que deixa seus fãs esperançosos de que este anúncio não
seja, uma vez mais, definitivo...
Sou o “DJ TR”, nascido e criado na Cidade de Deus – RJ. Milito há 22 anos no Hip-Hop. Atuei por quase 10 anos ao lado do rapper MV Bill. Sou dedicado às pesquisas do Hip-Hop e às palestras em escolas públicas, centros culturais, universidades, etc. Iniciei minha carreira de escritor no extinto jornal Afroreggae Notícias (Grupo Cultural Afroreggae). Colaborei por 2 anos para o jornal Estação Hip-Hop, de São Paulo. Coordenei a ATCON (Associação Atitude Consciente), extinta organização carioca que revelou renomes como Gabriel O Pensador, MV Bill, Big Richard e Marcelo D2. Colaborei com as pesquisas das obras Abalando os Anos 90 e Funk e Hip-Hop Invadem a Cena, ambas do Prof. Micael Herschmann (Núcleo de Estudos e Projetos em Comunicação – NEPCOM). Sou autor do livro Acorda Hip-hop!, (Editora Aeroplano). Sou colunista do Rio Festa (riofesta.com.br) e Zulu Inform@ (zulunationbrazil.blogspot.com). Fui pesquisador do Projeto Geração Hip-Hop (SESC-RJ/ FINEP), responsável pela formação intelectual, moral e cívica de jovens pobres em idade escolar do ensino fundamental, por meio do Hip-Hop. Coordeno atualmente a Zulu Nation Rio de Janeiro.